quarta-feira, 31 de outubro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
Sabíamos, também, que desde aquele Setembro quente chegaria o dia do adeus, ou melhor, o dia do até já.
É incrível perceber como me transformei contigo. Olhei a amizade de outro modo, passei a ver a nossa cultura com mais carinho e respeito, passei a dar mais importância aos momentos. Graças a ti. A tua magia acordou os meus sonhos, mostrou-me outros caminhos...e que belos são eles!
Levo-te no coração para outras paradas, onde todos te invejam pelo que hoje és.
Pertences-me. Parti-lho-te com todos os que te merecem e te desejam tanto como eu.
És a diferença na estrada por onde caminho…
domingo, 14 de outubro de 2007
De cabeça erguida pelo orgulho de estudante, o tricórnio mostra a sua imponência a todos os que vão passando.
As ruas do centro lembram-me os melhores momentos como aluna da Universidade do Minho. Se bem que as tardes junto ao Prometeu também nunca serão esquecidas.
A fonte em frente à Arcada, em plena Praça da República, traz ao canto do olho a saudade da minha primeira latada e dos cortejos que acompanhei do início ao fim.
As ruas da Braga velhinha levam-me até ao Largo do Paço. Sento-me na borda de mais uma fonte. Aqui fui baptizada, porque a tradição o exigia, e neste mesmo local, a capa negrinha foi traçada pela primeira vez. Também aqui me despedi, um dia, dos meus primeiros finalistas.
Olho as fitas cinza e rubi cobertas pela última, que o tempo me presenteou.
Chegou o momento de começar a dizer adeus a tudo que tão bem me acolheu.
A cidade continuará sempre minha (porque sempre o foi), a Academia sempre no coração e os momentos revividos intensa e eternamente na lembrança.
Quero aproveitar cada minuto que falta, entrar na minha Academia como se fosse a primeira vez e receber, intensamente, o espírito académico que só o Minho tem.
"Sentes que um tempo acabou,
Primavera de flores adormecida.
Qualquer coisa que não volta que voou,
Que foi um rio, um ar na tua vida.•
E levas em ti guardado
O choro de uma balada,
Recordações de um passado,
O bater da velha cabra.•
Capas negras de saudade,
No momento da partida.
Segredos desta cidade
Levo comigo para a vida.
Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E, no lento cerrar dos olhos teus,
Fica a esperança de um dia aqui voltar.
E levas em ti guardado
O choro de uma balada,
Recordações de um passado,
O bater da velha cabra."
(BALADA DE DESPEDIDA DO V ANO JURÍDICO 1989)