Dentro de Mim

"Aqui começa o meu descampado Ou o meu jardim cultivado; Aqui começa a minha queda vertiginosa Ou a minha entrada gloriosa; Aqui, somente aqui, Começa o que jamais acabará aqui; Aqui serei muito ou serei pouco, Serei pobre ou serei louco, Serei charco, lago, rio ou mar Serei o que conquistar Aqui serei o que tu quiseres E o que eu quiser, Mas é aqui que tudo começa Aqui e nada mais do que aqui" - Vasco Gonçalves

segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

"Apenas um Poema"

"eu queria um poema simples para te oferecer
um poema em que as palavras fossem sentimento
que de nós reflectissem o essencial
porque o amor não se diz, meu amor,
o amor sofre-se no segredo da partilha
no momento incontornável do pôr do sol
na alegria preguiçosa e incompreensível
no jeito do trejeito que te enfeita
nos momentos vazios da solidão
na raiva fria dos anos que perdemos
na ausência das palavras que os olhos traduzem
no acutilante instante em que o desejo ferve
nas paralelas que desviámos e coincidiram
na ternura com que olhamos o futuro
na certeza errante do amanhã conquistado
no sorriso sem mágoas e sem cobranças

eu queria um poema simples para te oferecer
um poema austero que te dissesse
do nosso amor, meu amor, que tanto amo"

Helena Monteiro



...porque também a mim faltam as palavras para te dizer o quanto te amo. Estou sempre aqui amor. Sempre. Sempre...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005

"decadência da droga"



Imagens como esta não necessitam de qualquer complemento!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

A nós! A eles!!!!



e...se eu vos disser que na legenda da televisão se lê: "medicamento proíbido e potencialmente mortal"?

estes exames não estão com nada! lol!!! (há tempo para tudo, menos para as horinhas essenciais de estudo.)

sábado, 22 de janeiro de 2005

"Fico assim sem você"


"Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo "

(Adriana Calcanhoto)



Estes exames não estão com nada!!!


segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

"Amar!"


(sim...é um oito!!!)

"Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-se ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar..."

(Florbela Espanca)

...eu perco-me e encontro-me, constantemente, em ti...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

J.


Há, precisamente, dez anos atrás esperava-te com ansiedade nos portões da escola. Esgueirando-me dos olhares tiranos de uma qualquer professora, desci as escadas até visualizar a estrada...mas ainda não vinhas.
Sentada no muro olhava, incessantemente, ora para a esquerda ora para a direita...e nada.
Soou o toque e nasceu uma expressão triste no meu rosto.
Saltei, olhei a árvore (é verdade, as marcas persistem) virei as costas e dirigi-me ao edifício.
Mas o som de um carro apressado chamou a minha atenção, voltei-me e vi-te.
Saíste com aquele teu sorriso que te ocupava a cara rechonchuda, enquanto eu, envergonhada, não dei nem mais um passo.
Não demorou muito a ouvirmos a tua mãe:- Então, não dás um beijo de Parabéns ao J.?
...parece que foi há tão pouco tempo...e hoje já contas 20 anos de vida.
Tantas coisas vivemos juntos... nós, o Lipe, o Mike, a Ana, a Cláudia, a Gabi, o Cuca, a Cátia, a Sandra....vivemo-las juntos pela primeira vez!!
O primeiro dia de aulas, os desconhecidos que se tornaram amigos, a cabana na árvore, a quinta abandonada, a corridinha até a piscina depois das aulas, a partilha dos headphones até às enfadonhas aulas de inglês...

Muitos Parabéns! por ser o teu dia, mas sobretudo por seres quem és.

domingo, 9 de janeiro de 2005

"Think of me"



"Think of me,
Think of me fondly,
When we've said goodbye.
Remember me once in a while
Please promise me you'll try.

When you find that, once again,
You long to take your heart
Back and be free -
If you ever find a moment,
Spare a thought for me...

We never said our love was evergreen,
Or as unchanging as the sea
But if you can still remember,
Stop and think of me...

Think of all the things
We've shared and seen -
Don't think about the things
Which might have been...

Think of me,
Think of me waking, silent and resigned.
Imagine me, trying too hard
To put you from my mind.

Recall those days,
Look back on all those times,
Think of the things we'll never do -
There will never be a day,
When I won´t think of you
... "

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Aqui fomos felizes...




Há momentos na vida que tentamos reter ao pormenor, na certeza de que serão parte essencial por todos os nossos dias. Foi assim que "demos" início a 2005.
Desta vez, a noite, em vez de acabar, começou nos teus braços. Dar-me a ti, sem pressas, sem ter de te deixar, fez-me eternizar cada um dos nossos movimentos.
Dormir, na certeza, de estares ao meu lado.
Acordar, no meio da noite, e poder sentir o teu abraço.
Sentir os teus beijos a despertarem-me para o dia, enquanto me apercebia dos raios de luz, que teimavam em entrar.
Ficarmos entregues à languidez dos beijos, num dia, onde até a música se apropriava, como se de uma façanha do destino se tratasse.
Amarmo-nos como há muito merecíamos...foi, sem dúvida, a melhor maneira de começar o ano.

Espero que possamos repetir, incessantemente, este dia ao longo de 2005.

...e aqui voltaremos a ser felizes.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

"Promessa de Amor"


(Ceu de boozina)

"Construirei para ti uma casa terrestre,
feita de pão e luz e música,
onde caibas apenas tu
e não haja espaço para os intrusos

E quando, à noite nos amarmos,
como se amaram
o primeiro homem e a primeira mulher,
mandarei que repiquem os tambores

para que saibam todos que voltaram ao mundo
o primeiro homem e a primeira mulher."

João Mello