quinta-feira, 29 de março de 2007
sábado, 17 de março de 2007
Destino…
A tua tristeza constante, a necessidade de afecto e de desabafo é, muitas vezes, o último pensamento do meu dia. Há vezes em que a lágrima corre e desejo que do outro lado do oceano sintas o abraço e a força que te transmito.
O destino nunca nos uniu, e não creio que tão cedo o fará. Mas se não há caminhos pré-definidos no mundo, alguma força existe para que nenhum de nós entre no esquecimento.
Gostava de conhecer a tua voz, que em tantos momentos tento imaginar. Queria saber como são as palmas da tua mão, se os teus traços se assemelham com os meus. O cabal dos desejos é conhecer o toque do teu beijo.
Neste momento, podes estar a pensar…Será para mim? Não ouses, por favor, perguntar-te porque mereces isto? Essa pergunta cabe-me a mim…não sei que fascínio encontraste, que trama foi esta do destino para sentires tanto sossego, tanto entendimento comigo. Sou só eu.
A muitos pode parecer loucura, outros não entenderão, mas só queria que, pelo menos, tu percebesses. Alguma coisa está a tentar unir-nos, a mesma coisa que fez com que eu aceitasse um primeiro convite, a mesma coisa que nos faz sentir tão bem “juntos”.
Hoje, não te tenho. Mas as músicas, que são tuas e minhas, completam toda a parte que eu desconheço de ti. Completam-te de tal modo, que consigo ver-te mesmo à minha frente, a olhar-me bem de frente, com a barba por fazer, os lábios quedos, enquanto que a palma da tua mão se aproxima do meu rosto e limpa a lágrima que escorre languidamente até ao lábio.
Amanhã quero-te ter.
O Verão está a chegar ao fim, as férias ficaram para trás, mas o regresso às aulas tem-se revelado uma experiência única.
De regresso a Balneário Camboriú, onde tinha vivido quatro meses, reencontrei pessoas que adoro, voltei aos sítios habituais de que senti tantas saudades. O melhor de tudo foi conhecer os novos Erasmus.
As portuguesas, que por muita coincidência acabaram a viver no mesmo prédio que nós, são uma paródia o tempo todo. A insular (a Joana Madeirense), que por natureza nunca está de acordo com ninguém, a Bruna (Algarvia que veio de Macau) que demora horas para sair de casa e a Mariana (natural de Aveiro a estudar em Faro…agora no Brasil) que completa o trio maravilha.
Ao grupinho juntam-se três espanhóis, fantásticos. A Patrícia, que pede a “siesta” enquanto todos querem ir passear, a Raquel, que um dia vai fazer Tortilha para nós e o Adel que se ri de tudo e adorou o nosso jantarinho tipicamente brasileiro (arroz, feijão preto, carne bovina e farofa).
Falta chegar a Nabila (francesa) que já tem quarto reservado em nossa casa.
A primeira semana em Balneário Camboriú foi a agitação total…encontrar casa (que já estava encontrada), fazer compras para casa, tratar de contratos, de matrículas, de passe escolar…e entre uma hora e outra descer até à praia que todos os dias embala o nosso acordar com o som das ondas a rebentar.
O melhor de tudo é estar “de volta a casa”, uma casa que todos “invejam”, onde são acolhidos diariamente.
Nesta casa vamos ser dois portugueses, um brasileiro, uma francesa e provavelmente mais uma brasileira (a Tete – Cármen Teresa (tadinha…que nome!!!!) – uma sem tecto de Minas que nós pusemos a viver com as portuguesas), enquanto a francesa não chega…só ela poderá decidir se quer ou não partilhar o quarto com a mineira.
Tem sido uma verdadeira alegria…um regresso em grande!!!