Um raio de egocentrismo
Abri as portadas e não conseguia deixar de pensar em ti. O vento no rosto mostrou-me que ficaste longe, longe, longe como sempre estiveste, mas a música trouxe-te para pertinho de mim e falamos, falamos, falamos como sempre e como nunca.
Tenho medo…de no regresso tu não estares aí, mas ao mesmo tempo oiço a mais funda das minhas vozes e não deixo de pensar que ainda não é a hora. O que mais desejo é sair da cama, ouvir a minha música na areia, acompanhada de uma boa leitura e contigo no pensamento. Chegou o momento em que estou em primeiro plano. As lágrimas agora serão só de saudade, não há lugar para as desilusões de amores não vividos, não há espaço para o que podia ter sido…Quero acima de tudo conhecer-me, dar muitos e muitos passos na direcção do meu sonho. Após tantos anos chegou a minha vez. Sabe bem sentar-me numa qualquer esplanada e ser feliz simplesmente porque consegui um bom expresso, correr à beira mar e sorrir com a cumplicidade de um casal bem velhinho, chegar ao fim do dia e adormecer com um bom jazz ou blues e dormir, dormir, dormir sem pensamentos que fazem as lágrimas correr. Sabe bem olhar-me ao espelho e saber que as decisões foram acertadas, que os abraços são cheios de amor, que os beijos não foram só um impulso de desejo, sabe bem gostar do que sou.
1 Comments:
At 1:05 da tarde, Monique Mendes said…
Lindo!
Sem palavras mesmo!
Abraço saudoso!
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