Sentimentos de uma quase vida
Damos um bocadinho de nós a tudo aquilo que fazemos, por vezes, damo-nos inteiros com medo de falhar.
Hoje sei que não te posso dar muito mais e tenho medo por isso. Tenho receio que um dia, ao veres-me chegar enxergues algum defeito, não quero sair do pedestal só por opções pessoais que ficaram lá atrás, escondidas na adolescência. Tu olhas para mim e sorris com a sonância das minhas gargalhadas, ficas a olhar-me por tempos infinitos, para ti eu sou linda mesmo com uma borbulha na ponta do nariz e completamente despenteada, ninguém atura o meu mau humor e diz amar-me logo de seguida...é isto que vem depois do amor, um amor ainda maior?
Sinceramente, ninguém mais tem a capacidade de se lembrar de trazer leite condensado para eu comer à colher, só tu para percorreres trilhos na escuridão e no frio da Serra para me mostrares belezas do nosso mundo, quem mais para ficar a regelar no cimo de uma pedra até vermos a estrela cadente certa (brilhou num ápice e caiu com uma sumptuosidade incrível), para ter a paciência de me pôr a fazer ski e ainda falar com tanto carinho da maneira como eu encolhia as pernas, para compreender as minhas lágrimas quando nem eu percebo...quem mais?
Não sei se é medo, não sei se é receio, não sei se é ansiedade, mas é sentir-me crescer e ver-te a crescer comigo. É sentir que um dia, talvez, eu possa ficar para trás.
2 Comments:
At 1:09 da tarde, Anónimo said…
O medo de não atingir as expectativas, já tão altas, é mútuo. Tenho medo de um dia chegar ao pé e não sentir aquilo que hoje é tão grande e tão forte. Tenho medo que deixes de me amar, tenho medo que chegue um dia em que ponhas um ponto final na nossa história...
Tenho medo...
At 3:46 da tarde, ... said…
o medo é normal...o amor é mais ainda! amem-se intemporalmente e não pensem em mais nada :P**
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