Nas pontas dos dedos
Este post foi escrito há algum tempo, mas conta momentos de dor e dasabafo que o destino fez com que voltassem a fazer sentido...
Olhei as tuas costas nuas contra meu peito...percorri-as com minhas mãos e cerrando os olhos lembrei cada poro, cada marca deixada pelo tempo...
Soprei-te ao ouvido e pesarosamente voltaste-te...
Aproximei a minha cabeça do teu ombro...ergui os olhos...procurei um beijo e conheci o desalento....
O teu olhar acabrunhado desvendou, num suspiro, o segredo escondido...perfídia!
Num segundo abraçaste-me como nunca o fizeras, marcaste a minha testa franzida com um beijo de sinceridade gélida e...uma lágrima percorreu o teu rosto.
Sentaste-te na ponta da cama, soluçando como uma criança perdida...
O arrebatamento que colheu a minha alma foi destruído pela vontade desmesurada de te perdoar...
Ao surgir na tua retaguarda, murmuraste um nome que apaguei da minha memória no momento em que o pronunciaste.
A minhas pernas desnudas abraçaram-te a cintura... e foi no meu colo que recostaste a nuca...
Demos as mãos e trocámos juras, quem sabe, também elas....perdidas!
Noz-moscada
...e assim se fortalecem os sentimentos.
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