o meu acordar
Saí pela manhã, mas bem mais cedo que o habitual, procurando, talvez, uma hora de refúgio só para mim, como o café antes das aulas.
O vento frio, que se faz sentir, inacreditavelmente, em Agosto, acordou os cabelos húmidos, culminando num arrepio outonal.
De headphones nos ouvidos, ao som habitual da RFM, cantarolei Queen (I wanna love you, love you, love you...) em plena rua da Restauração. A já tardia chuva, perante o negro do céu, deu os primeiros sinais.
Apressei o passo em direcção a lugar nenhum, até ao pastel de nata mais próximo.
-Bom dia! Um pastel de nata e um café...
Hoje não me sentei, aguardando pela hora do trabalho (que ocupou o dia todo).
Com o pastel a queimar na mão e com os jornais debaixo do braço, parei debaixo da Arcada.
O céu escuro da Praça da República rasgou-se de raios de sol, os quais, aparentemente, impulsionaram a chuva. O caminho da chuva culminou na fonte principal da praça, onde se abria um arco-íris enorme e tão próximo.
Há dias em que sabe mesmo bem não acordar na cama...
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