Há bem pouco tempo deixei aqui uma descrição, retirado do livro “Equador”, a qual espero ter dado largas à idealização de sonhos! Assim, como prometido, aqui ficam algumas passagens sobre como aproveitou Luís Bernardo a imensa beleza daquele praia de S. Tomé.
“Sentou-se a uns dez metros da água, descalçou as botas e acendeu uma cigarrilha com fósforos que levava no bolso da camisa. Depois, com a areia construiu um apoio para a cabeça e deitou-se a fumar, contemplando o céu, que estava anormalmente limpo para esta altura do ano, apenas com alguns castelos de nuvens quietas salpicando aquele azul perfeito. (…) Terminou a cigarrilha e pôs-se de pé, olhando à roda estupidamente para se certificar de que ninguém o observava. Então, despiu-se e entrou na água (…).Deixou-se estar assim um bom bocado, com a cabeça ora submersa e encostada à areia do fundo, ora semierguida, com o nariz de fora, para poder respirar. Ia levantar-se, quando a voz dela, muito calma e muito próxima, o deixou estarrecido:
- Que bela imagem! O governador de S. Tomé e Príncipe, em lugar de estar a trabalhar no seu gabinete, toma banho, todo nu, na sua praia privativa! Quem poderá levá-lo a sério, meu caro governador?
(…)
-Vai-me passar a roupa? (…)
-Pelo contrário: diga-me, como é que está a água?
-A água? Está óptima, está quente.”
….
(o resto façam questão de ler!!! Só vos digo que aquela paisagem foi lugar de uma enorme entrega)
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