Percorremos de mãos dadas as ruas. As mesmas de sempre, estreitas, gastas pelo tempo e com a calçada polida por tantos outros como nós.
Olhas-me pelo canto envergonhado, sem saberes o que dizer para completar o silêncio que se faz, puxas-me para ti.
Paramos. Ali. Com a cabeça no teu peito, sinto o beijo na nuca e o abraço apertado. Gosto de ti. Sincero, sem nada a esconder e com vontade de te dares a conhecer.
Continuamos. Passamos uma rua, a outra e outra ainda.
Enfim, o mar. Olhamo-lo em uníssono e sorrimos.
Conseguimos cá chegar.
As paredes do teu quarto são agora confidentes dos suspiros, dos botões presos, dos olhares embaraçados daqueles que ainda se desconhecem.
Beijas-me. Mais uma vez. E outra.
Agarras-me a cintura com precisão e deixas essas mãos escorregar em mim.
Gosto de ti. Lado a lado. Formamos um só.
Por fim, gemidos, olhares e arrepios.
Conseguimos lá chegar.
Gosto de ti. És a minha fantasia.
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