Dentro de Mim

"Aqui começa o meu descampado Ou o meu jardim cultivado; Aqui começa a minha queda vertiginosa Ou a minha entrada gloriosa; Aqui, somente aqui, Começa o que jamais acabará aqui; Aqui serei muito ou serei pouco, Serei pobre ou serei louco, Serei charco, lago, rio ou mar Serei o que conquistar Aqui serei o que tu quiseres E o que eu quiser, Mas é aqui que tudo começa Aqui e nada mais do que aqui" - Vasco Gonçalves

domingo, 17 de abril de 2005

"Amor, que o gesto humano na alma escreve"

"Amor, que o gesto humano na alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento."

Luís de Camões


Só mesmo Camões para te demonstrar o que estes breves meses significam para mim.

...que as juras de amor permaneçam....

sábado, 16 de abril de 2005

Porquê?

Olho a "nossa" foto, com o avô já doente, mas orgulhoso de todos aqueles que estão por trás de si: o Sam, o Jorge, o Ricardo, o Rui, o Enrico, o João Manuel, o Miguel, o Marco, o Pedro, o Simao, o Gabriel, o Afonso, a Eva, o Filipe, Eu, a Liliana e Tu. Hoje somos mais, muitos outros nasceram... a Bárbara, o Joãozinho, o Rui Pedro, o André, o Olavo, o Dinis.
Todos com o seu feitio tão característico, mas orgulhosos do nome que carregam.
Se um de nós vai ao fundo os outros estão lá (os "maiorzinhos" pelo menos) para o trazer ao de cima. Tenho medo que desta vez não o consigamos fazer..e tu mereces esse suporte mais do que ninguém.
Não queria acreditar que era verdade, só podia ser um engano....é que traz muitas restrições, as quais não quero cumprir!
Por ti, acho que vou desrespeitar muitas pessoas, mas afinal é por ti...


(sei que para muitos isto não faz qualquer sentido, mas queria deixar registado o que estou a sentir neste momento)

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Memórias de um beijo




"Lembras-me uma marcha de lisboa
Num desfile singular,
Quem disse
Que há horas e momentos p'ra se amar

Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi
quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal

As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar

Queria viver tudo numa noite
sem perder a procurar
O tempo, ou o espaço
Que é indiferente p'ra poder sonhar


Quem foi que provocou vontades
e atiçou as tempestades
e amarrou o barco ao cais
Quem foi, que matou o desejo
E arrancou o lábio ao beijo
E amainou os vendavais"

Trovante

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Quem és em Sex and the City?



....será?

terça-feira, 12 de abril de 2005

"Cada lugar teu"

"Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar"

Mafalda Veiga

Há músicas que foram escritas para determinados momentos. Esta reflecte todas as sensações que vivi nos últimos tempos.

Para ti:

Conheço-te melhor do que ninguém, não é exagero quando o digo. Os teus ohos já nada me conseguem esconder, passei a entender o real significado das tuas palavras.

Como diz a canção: "guardar só o que é bom de guardar"...e, neste momento é o que realmente interessa. Quero me lembrar de ti com o teu sorriso nas aulas, com o teu abraço apertado quando tenho frio, com o teu beijo no meio da pista de dança, com o teu carinho ao nascer do sol....É assim que tu és para mim, é assim que eu aprendo a amar-te cada dia mais e mais.

Aconteça o que acontecer sei que vamos ficar sempre um ao lado do outro e um dia vamos rir-nos de tudo aquilo que nos está a acontecer.

Apesar de tu ja saberes....AMO-TE

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Primavera nostálgica

Sentada no lugarzinho de sempre, abraçada pelo vento frio que hoje se fazia sentir, com o olhar entretido por uma folha que dançava ao ritmo do tempo, espreitei o meu coração.
Encontrei-o cravado de incertezas, de caminhos por escolher, de rostos sorridentes de hipocrisia.
Busquei certezas às quais me agarrar…em vão. Antigas convicções são agora as mais belas ilusões.
Se houve tempos em que consegui imaginar-nos lado a lado, como desde o primeiro minuto da minha vida, hoje o teu túmulo é o mais próximo que posso estar do teu ombro, onde os meus cabelos ondulados se entrançavam com os teus fios loiros. As nossas gargalhadas, com cheiro a maresia, transformaram-se em ecos de saudade…
Olhando o que ficou para trás, acredito e temo pelo avançar das horas.
Vejo magias quebradas. Livros rasgados. Espelhos partidos.
Tenho medo de um dia acordar e não me lembrar do teu rosto, de no dia do meu aniversário olhar o céu e não saber qual é a nossa estrela, de esquecer como adorávamos os olhos um do outro…Tenho medo de só reter na mente a última vez que te vi, a última vez que falámos, o último abraço que demos…Preciso de te reviver, de fazer perdurar os teus poucos anos de vida…

Não sei se foi obra tua ou se deste um empurrãozinho, mas de qualquer forma obrigada pela pessoa que puseste na minha vida…talvez um dia se conheçam.

Talento escondido

" Dignidade cercada"

"Vejo-me mergulhado no desespero reinante, na iminência do ataque dos que me cercam. Passaram já 26 dias desde que cercaram a minha cidade. A fome é incomensurável e inexorável é o seu efeito. Os poucos mantimentos que haviam desapareceram quase à velocidade da luz, como se de farinha num saco roto se tratasse.
Que precário estilo de vida que eu vivo, é inóspito o local onde vivo, onde todos me olham como se eu fosse roubar a pequena porção de pão que eles ali encontraram.
Dou por mim a pensar nos meus pais, que tanto amo. Eles que me deixaram partir para esta cidade, com o intuito de melhorar as minhas condições de vida.
Dou por mim a pensar na morte, essa que é como uma mangueira jorrando água em máxima potência, não escolhe direções e vai levando quantos puder...
Quão desumano que é passar fome e sede! As feridas nos meus lábios são incontáveis, a dor incessante é agora para mim algo banal: Já faz parte de quem sou. A minha banalidade é sentir dores d barriga, nos lábios (as gretas fazem com que os meus lábios pareçam fechados para todo o sempre já que as gretas parecem linha...) nas pernas que não suportam o meu peso porque não há enegia, não há força. Já não há alimentos! A única dor à qual não fico indiferente, não é física, é aquela que sinto ao dividir um pão por sete amigos - a minha presente família.
Este silêncio ensurdecedor que é viver numa cidade sem barulhos excepto o dos esporádicos e incontornáveis gemidos produzidos como consequência de uma constante agonia - onde se vê 1 mulher com 1 filho de poucos meses jazendo em seus braços, mas a mulher nem força para gritar tem! Ela esta apenas chorando silênciosamente, vertendo lágrimas ensanguentadas. Pura ilusão: o sangue é do excerto de porrada que ela levara horas antes, na sequência da inconsequente tentativa de roubar um pouco de comida para ao menos iludir a fome aos seus filhos.
Choro ao ver crianças ensanguentadas e esfomeadas, lutando com com um par de ratazanas, afastando-as e roubando as migalhas pelas quais os bichos se alimentavam.
Choro ao ver pessoas se enforcando, baixando os braços da luta pela própia vida, tão grande era o desespero.
choro ao ver a indiferença dos autores do cerco perante a dor catastrófica que vejo espalhar-se cada vez mais á minha volta, dor da qual nós não sairemos incólumes."

Márcio Matos

domingo, 3 de abril de 2005

Vinda do paraíso!



A "semaninha" de férias chegou ao fim, mas o que fica para trás vai ajudar na continuação da vida académica (refiro-me à parte de estudar...qual sabão na terça e smarkus na quarta?!?!?)...
Mas vocês querem é saber como foi....então aqui vai!!!

Partida com duas horas de atraso
Chegada ao hotel sem quarto para metade da equipa :S
Os dias que se seguiram foi para aproveitar ao máximo...
Acordar com o amorzinho ao lado, ir para a praia ou ficar na caminha (com direito a pequeno almoço)
Almoçar na varanda com uma vista espectacular!
Actividades todas as tardes (nós fomos à final de volei....Verdadeiros!!!), que acabavam sempre com aulinha de aeróbica ("Sou mais conhecido como o Rei dos Frangos de Moscavide cheiro a churrasco que tresando e nem gosto de frango") e de yoga (Então vamos lá...Boa Tarde!!)
Seguiam-se as compras diárias, fazer jantarinho, tomar banho....e toda a noite (ou quase) pra borga!!!

Apesar dos imprevistos foi uma semana em grande!!! Tão boa que para o ano lá estarei...